sábado, 21 de novembro de 2015

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A Mentira, de Julie Metz

Caminhada de um ano e tal de uma viúva que tenta reconciliar-se com o que descobre após a morte do marido sobre a sua vida além de marido, escritor, amigo do seu amigo, e pai, e admite cheia de erros, enganos e desenganos. Busca de algo desconhecido e sem definição precisa nos primeiros tempos, que se alonga e transforma-se no fim em saborear e viver a vida.
Sinopse:
"A Mentira" é a história real de Julie Metz, uma nova-iorquina sofisticada presa numa pequena vila onde reina a lei do silêncio – onde todos, menos ela, conhecem o segredo de Henry. E é a história de uma mulher que tudo fará para descobrir a verdade, e para recuperar – para si, para a filha – a felicidade perdida. “Aconteceu assim: os passos de Henry no velho chão de madeira. Mais passos, talvez na escada. Silêncio. Depois a queda.” Quando o marido lhe morre nos braços, Julie sente que o seu mundo começa a desabar. “Ele amava-te tanto!”, dizem-lhe no funeral. Centenas de pessoas choram com ela a morte súbita de Henry, o irresistível Henry, o homem perfeito. Julie é agora uma jovem viúva, com uma filha pequena. Deixa de comer, de trabalhar, mergulha numa depressão profunda. Mas tem amigas, muitas, que a arrancam aos poucos do torpor. Começa a sair, abre-se de novo para o amor. Ironicamente, é o novo amante que lhe dá a primeira pista, que levanta a ponta do véu, que lhe revela a dupla vida do perfeito Henry… 
Boas leituras

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Frases indiscutivelmente verdadeiras

"...
Aqui tinha opção. Will estava a dizer-me o que sentia numa linguagem directa. Havia algo de saboroso, como num alimento com base em proteínas, calórico e saudável. Talvez as coisas não funcionassem entre nós por dez mil razões, mas podiam resultar tão deliciosamente como um guisado cuidadosamente preparado e que sabe melhor no dia seguinte, pleno de ricos e elaborados gostos, que envolvesse aquele conceito de umami que Henry se esforçara por compreender.
Por outro lado, era muito provável que A Paixão - tinha a certeza disso - se revelasse o pacote de amendoins M&M que compro sempre no quiosque do cinema, abro, aprecio e depois venho a lamentar ter comido quando o açúcar e o enjoo se instalam. Depois de um pacote de M&M de amendoim, nada mais sabe tão bem. Nem sequer compota de framboesa caseira.
..."
in Metz, Julie. (2010) A Mentira. Caderno Grupo Leya. Alfragide. Pág. 285

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

manta

Troca do chá, café e chocolate (Recebida)

Aqui está a minha troca do chá.
A minha madrinha foi a A. o tema escolhido por ela foi o chá, mostro mais em pormenor as minhas coisinhas novas. Uma caixa de madeira com quatro divisórias para chá, decorada com papel de arroz, bem bonita por sinal + chás diferentes e variados + açúcar + um chocolate.



Que acham da minha caixinha nova?
Eu adoro chá tenho um pequeno armário com chás, oferta de amigas e cada vez que passo em algum sitio com chá cusco sempre, trazendo ou não algum para a minha coleção se gostar.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

És o meu segredo, de Tiago Rebelo

 Leitura leve e rápida, de enredo simples mas emotivo. Primeiro livro do autor (2005) e primeiro livro que li deste autor. Após leitura gostei e desejo repetir mais.
 Retrata o triangulo amoroso de três pessoas que já se conheciam antes, quase numa outra vida durante as férias grandes no Algarve, mas neste Verão as coisas mudam quando Tomás namora com a irmã de Filipa e estes últimos têm a perceção da mudança que se avizinha. Jovens da alta sociedade que se regem pelas aparências na sua vida, mas por dentro, escondem segredos dolorosos que transformam a vida vazia de sentido.
 Estas três personagens são caracterizadas como inseguras, ao lidar com os seus sentimentos para com outros, ao reconhecer a realidade à sua volta e no fim, a não fazer o que têm de fazer no momento certo. As ações que devem ser feitas só têm consciência quando é tarde e a tragédia se abate.
 Realçar a personagem Rita, irmã mais velha de Filipa,  problemas quando muito nova moldaram-na de forma insegura, e de certa forma depressiva, melancólica, pelo que perdeu e nunca recuperou. Ian, o realizador inglês, com ascendência portuguesa, excêntrico, que dá o humor ao texto.
Sinopse:
Tomás Arruda, o actor português mais famoso da actualidade, está de regresso a Lisboa depois de ter conquistado Londres e Hollywood. Em Sintra, local onde vai rodar o seu novo filme com o realizador Ian Holden, de ascendência lusa, Rute Madeira prepara uma festa de boas-vindas que vai como que assinalar um novo capítulo nas suas vidas. Rute e a sua irmã mais nova, Filipa, são amigas de longa data de Tomás, do tempo em que este ia passar férias em Pedras d’el Rei, e em especial de um inesquecível Verão em que se criaram fortes laços e um doloroso segredo foi revelado sob a abóbada do entardecer celeste. Produto da alta sociedade portuguesa, Tomás, Rute e Filipa parecem ter tudo para emanar felicidade: Tomás tornou-se actor profissional e o seu trabalho foi reconhecido com uma nomeação para um Óscar; Rute gere os negócios da família com uma personalidade de ferro que faz com que estes caminhem de sucesso em sucesso; Filipa concretizou o seu sonho de se tornar educadora de infância e tem uma vida manifestamente tranquila. Todavia, as aparências e os êxitos profissionais escondem os fracassos a nível pessoal, que vão unir as personagens e mergulhar o leitor nos abismos psicológicos das suas mentes, pautadas por um sentimento de solidão, fragilidade e vazio. Romance intenso como Tiago Rebelo já nos habituou, És o Meu Segredo seduz o leitor deleitando-o com um enredo fiel ao próprio carácter da vida: com os seus momentos de escuridão que podem, por vezes, desaguar em tragédia, mas também com a promessa da luz da felicidade. 
Boas leituras

domingo, 1 de novembro de 2015

Teatro Tivoli: "Plaza Suite"


Fui rever o ator Diogo Infante no teatro, já faz algum tempo que não via uma peça. Deixo o link da apresentação na RTP para poderem cuscar sobre o que é o tema: as aventuras e desventuras das relações amorosas. Um tópico sempre em voga e muito atual, considerando que a peça foi escrita em 1968. Pela primeira vez vi Alexandra Lecastre no teatro, acho que nunca a apanhei numa peça de teatro, mas maioritariamente no cinema ou na televisão. Gostei.


Duas histórias em palco
O cenário, claro está, é uma suite do hotel Plaza. E são duas histórias diferentes, mas que acontecem no mesmo espaço e são interpretadas pelos mesmos actores. “Isso confere, esperamos nós, uma mais-valia, porque as pessoas vão ter a oportunidade de nos ver desdobrados em dois registos, duas personagens, bastante diferentes.” Além de Diogo e Alexandra, do elenco fazem ainda parte Helena Costa e Ricardo Sá.Diogo Infante levanta um pouco o véu daquilo que esperar em cada momento da peça: “A primeira é a história de um casal de meia-idade – ela com 48 e ele com 51 – e que celebram 23 anos de casamento na suite do hotel onde passaram a lua-de-mel. Há aqui uma tentativa de recuperar uma ideia de romance, salvar uma relação naturalmente desgastada, mas vão surgir uma série de imprevistos e contratempos que tornam a história quase melodramática.” Na segunda história ficamos a conhecer “um casal de classe média-alta – ele gestor, com forte poder financeiro, e ela uma dona- de-casa bem-posta – a tentar salvar uma relação”. Há um aspecto que se destaca neste momento: “A filha deste casal vai casar-se nesse dia, no mesmo hotel e há uma cerimónia a decorrer. No entanto, a cerimónia está suspensa porque a noiva não desce: trancou-se na casa de banho. A partir daqui vai ser um desenrolar de peripécias que culminam num final inesperado.” 

Após o intervalo, a segunda parte dentro do mesmo quarto número 719. Os atores volta à cena e ... Aquele timbre de voz não engana ninguém, debaixo daquela caracterização toda está o Diogo Infante. Quase inreconhecivel, e com os trejeitos, muito bem mesmo.
Adorei e recomendo a verem, vão-se fartar de rir.