quinta-feira, 7 de abril de 2016

A menina que não queria falar, de Torey Hayden

O titulo nesta versão portuguesa induz em erro, o original é The child, e aqui refere como sendo óbvio o facto de não falar. Não é que a criança não falasse pois fala e expõe os seus desejos de uma forma convicta, por mais contraditórios que eles sejam. Aqui se fala é como a vida pode ser afectada pela posição sócio-económico que se tem e a falta de contacto mais elementar e normal, com os pais.
Sheila é nos apresentada pela sua professora de educação especial como sofrendo severos maus tratos, abandonada pela mãe numa autoestrada, negligenciada pelo pai, e somente tem 6 anos.
A dinâmica autora/professora assume um caracter pernicioso quando o olhamos de uma forma profissional e partimos logo para o porquê de não chamar logo os serviços competentes em vez de deixar a situação andar. Aponta cada justificação das suas acções o que por um lado apresenta a criança como projeto e não como pessoa real quando esta é a história veridica de Sheila.
Sinopse:
Era uma criança de seis anos insociável, violenta, perdida num mundo de raiva e sofrimento... até encontrar uma jovem e brilhante professora.
Esta é a história verídica e comovente da relação entre uma professora que ensina crianças com dificuldades mentais e emocionais e a sua aluna, Sheila, de seis anos, abandonada por uma mãe adolescente e que até então apenas conheceu um mundo onde foi severamente maltratada e abusada. Relatada pela própria professora, Torey Hayden, é uma história inspiradora, que nos mostra que só uma fé inabalável e um amor sem condições são capazes de chegar ao coração de uma criança aparentemente inacessível. Considerada uma ameaça que nenhum pai nem nenhum professor querem por perto de outras crianças, Sheila dá entrada na sala de Torey, onde ficam as crianças que não se integram noutro lugar. É o princípio de uma relação que irá gerar fortes laços de afecto entre ambas, e o início de uma batalha duramente travada para esta criança desabrochar para uma vida nova de descobertas e alegria.
Boas leituras

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