domingo, 3 de abril de 2016

Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra

Mais um livro de Mia Couto, gostei.
Representa a sociedade moçambicana, os valores antigos e os novos de uma familia, que nos é apresentada aquando do funeral de Marianao e o seu neto volta da cidade para prestar a sua última homenagem.  Ao conhecer o seu avô conhece-se a si mesmo e ao seu pai.
Muito simbolismo como é comum na escrita poética de Mia Couto: as formas de demonstrar amor, as crenças antigas, a ganância dos "novos-ricos. 
Sinopse:
Um jovem estudante universitário regressa à sua ilha-natal para participar no funeral do seu avô Mariano. Enquanto aguarda pela cerimónia ele é testemunha de estranhas visitações na forma de pessoas e de cartas que lhe chegam do outro lado do mundo. São revelações de um universo dominado por uma espiritualidade que ele vai reaprendendo. À medida que se apercebe desse universo frágil e ameaçado, ele redescobre uma outra história para a sua própria vida e para a da sua terra. A pretexto do relato das extraordinárias peripécias que rodeiam o funeral, este romance de Mia Couto traduz, de uma forma a um tempo irónica e profundamente poética, a situação de conflito vivida por uma elite ambiciosa e culturalmente distanciada da maioria rural. Uma vez mais, a escrita de Mia Couto leva-nos para uma zona de fronteira entre diferentes racionalidades, onde perceções diversas do mundo se confrontam, dando conta do mosaico de culturas que é o seu país e das mudanças profundas que atravessam a sociedade moçambicana atual.
Boas leituras

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